Em 2016, Chaum e uma equipe de pesquisadores publicaram um projeto para uma rede de mistura "acelerada" chamada "cmix". A "pré-computação" foi proposta como a solução para a lentidão das redes de mistura típicas.

A pré-computação permite que os nós da mixnet executem a criptografia de chave pública demorada antes da fase em tempo real de manipulação de mensagens ou transmissão de dados entre remetentes e destinatários. O resultado é um tipo muito eficiente de mixnet que permite que os usuários enviem e recebam em tempo real sem comprometer a segurança ou a privacidade.

Parte do projeto de pesquisa inicial foi uma implementação de referência acadêmica que serviu como prova de conceito para o cmix; ela incluía uma equipe de back-end de nós de mixagem e um cliente rudimentar de smartphone.

Em agosto de 2017, sob a liderança de Chaum, um grupo de desenvolvimento começou a criar uma implementação descentralizada, segura e dimensionável chamada cMixx. A equipe incluía pioneiros que desenvolveram os primeiros sistemas criptográficos práticos, anônimos e verificáveis. Seus membros estavam entre os primeiros a propor e implantar moedas digitais, redes mistas, criptografia não permitida, sistemas de votação verificáveis e muitos outros avanços em criptografia.

O cMixx é uma mixnet muito rápida. De modo mais geral, as mixnets, também conhecidas como redes de mistura, foram descritas pela primeira vez pelo fundador do xx network, David Chaum, em 1979. Uma mixnet estabelece regras criptográficas para mensagens ou transações a serem retransmitidas por uma sequência de intermediários confiáveis conhecidos como nós de mistura. Esses nós de mistura recebem um lote de dados criptografados dos usuários, permutam ou "misturam" aleatoriamente e, em seguida, enviam os dados criptografados reordenados para o próximo nó de mistura.

Essa "mistura" obscurece os metadados associados à atividade do usuário, criando um sistema de comunicação que protege a privacidade. Metadados são os detalhes de quem, o quê, quando, onde e como associados a qualquer mensagem ou atividade. 

A principal desvantagem das mixnets existentes é que as operações de chave pública necessárias para a operação de mixagem exigem computação intensiva. De fato, em 1979, os cálculos originalmente descritos no artigo de Chaum excediam a potência da maioria dos computadores existentes. Mesmo agora, a computação necessária para mixnets típicas consome muitos recursos e tempo. Como resultado, quando executadas em escala, as mixnets são lentas demais para a maioria dos usos do consumidor.

O cMixx é o protocolo de privacidade avançado do xx network, projetado para eliminar a exposição de metadados em interações on-line entre pessoas, cadeias e empresas.

Na pré-computação, depois que uma nova equipe de xx nós é selecionada aleatoriamente, os nós realizam uma série de cálculos criptográficos resistentes ao quantum para produzir um modelo que determina como a equipe deve processar as informações durante a mistura. O modelo é completamente definido antes da chegada do lote de mensagens, garantindo a confidencialidade e aumentando consideravelmente a velocidade com que as informações podem ser processadas na fase de tempo real.

Em tempo real, os remetentes consultam os gateways e, em seguida, enviam seus dados. Em seguida, os gateways agregam os dados em conjuntos anônimos. A rede encaminha os conjuntos de dados por meio de uma equipe de nós selecionada aleatoriamente. O primeiro nó da equipe usa o modelo para criptografar efetivamente cada parte dos dados; o nó também usa o modelo para alterar a ordem dos dados no conjunto. Os nós sucessivos da equipe repetem esse processo. O último nó envia o conjunto de anonimato, agora com dados criptografados, para um gateway. Os destinatários então consultam xx gateways para recuperar seus dados.

Diferentemente dos softwares de comunicação e transferência de dados existentes que usam criptografia legada, o cMixx é resistente a quantum, protegendo dados e conteúdo até mesmo contra futuras ameaças de computação quântica.

O processo de "mistura" do xx network rompe o vínculo entre remetentes e destinatários, garantindo total anonimato e impossibilitando o rastreamento de padrões de interação ou a identificação de usuários. Ao contrário dos métodos tradicionais de comunicação ou transferência de dados que expõem metadados como endereços IP e registros de data e hora, o cMixx criptografa e randomiza efetivamente o tráfego de dados, impedindo qualquer forma de rastreamento. Esse nível de privacidade é fundamental para a proteção de dados confidenciais.

O protocolo pode ser perfeitamente integrado como uma solução de privacidade de camada 2 em várias redes de blockchain, aumentando a segurança de aplicativos descentralizados, empresas e outros serviços digitais. Com o cMixx, o xx network está construindo a infraestrutura para comunicação segura, privada e dimensionável na era digital.